Dr. José Francisco de Souza* | Garanhuns, 30/04/1983
Para as tropas portuguesas aqui residentes, aqueles que a história consagrou como heróis da Independência eram simples rebeldes, inclusive o SENHOR REGENTE. Os arquivos Espirituais da Independência do Brasil, nos orienta no sentido de que TIRADENTES trabalhava ativamente. A certa altura, consulta ISMAEL, sobre se não teria chegado o momento decisivo. Sentia que era preciso aproveitar a exaltação patriótica dos ânimos. As possibilidades estão dispersas, mas poderíamos reunir todas as forças para o fim de derrubar as últimas muralhas que se impõem à liberdade da Pátria do Evangelho. (Reencarnação e Imortalidade).
Valores humanos dos mais expressivos, da época, se concentraram à assimilação da palavra candente de TIRADENTES.
TIRADENTES
Missionário sublime. Nem sempre este título implica o exercício do poder temporal. Dá-se, por unânime consenso, a todo aquele que pelo seu gênio, ascende à primeira plana numa ordem de ideias quaisquer, a todos aqueles que domina o seu século e influi sobre o progresso da humanidade. Joaquim José da Silva Xavier, foi o missionário de mais amplas liberdades. Símbolo do civismo e dos princípios éticos e espirituais, entre dois mundos, cujo poder impunha a renovação da pátria livre de jugo de Portugal. Os grupos inspirados pelas inteligências de escol se caracterizam pela epopéia cintilante de rebeldia dos autênticos e puros sentimentos de um povo que impunha o lábaro da sua INDEPENDÊNCIA, DA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO SOLO PÁTRIO DA TERRA DO CRUZEIRO DO SUL - berço de uma civilização. Fenômenos psíquicos formados de sensação e imagens telúricas. A consciência de seu próprio valor como apóstolo do civismo, era fundamental entre seus companheiros.
Eis porque, em todas as situações, o ideal divino da fé será sempre o antídoto dos venenos morais, desobstruindo o caminho da alma para as conquistas elevadas da perfeição. SILVÉRIO DOS REIS foi um lapso humano da conjuração, não tinha consciência dos efeitos de seus atos. Célula enferma do organismo social, representante de um caráter patológico dos seus próprios interesses de pessoas contaminados pelos vírus da traição. Traindo os seus companheiros do movimento, transformou em bandeira a cabeça de TIRADENTES, no campo da Lampadosa.
Memórias, crenças e desejos em todos os recantos de VILA RICA, essa beleza da alma desse Brasil Continente, só o grande Alferes sentia plenamente. Tudo que fundamentava a sua emancipação, começou com ELE. Depois da consolidação não poderia deixar de se processar a reforma no eterno presente.
Depois de sua morte, por enforcamento passou ao lado da falange de ISMAEL a convocar nova dimensão de glória no mundo dos Espíritos em prova, para sua superioridade moral de acordo com alto padrão de sua vida. De suas atitudes e de seus atos. Essa historiologia é fascinante. A fonte de pesquisa são os Arquivos Espirituais da Independência do Brasil. Mecanismo secreto de altos ensinamentos que purificam e sugerem temas ainda inéditos. É por esse ângulo de vibração pontilhada de harmonia entre dois mundos, que se deve apreciar a missão nobre sobre e a grandeza moral constatadas pelos caminhos da ETERNIDADE. Seus passos cadenciados e firmes, a serenidade de seu porte em marcha para o patíbulo, revelou a consciência de sua missão, como CRISTO DO CIVISMO.
Essa atitude caracteriza a sua superioridade em todos os dados do julgamento da percepção de seu superior comportamento, muito acima do nível cultural de seus contemporâneos. As provas têm por fim exercitar a inteligência, tanto quanto a paciência e a resignação. Por meio das provas irrecusáveis veio regular os verdadeiros obreiros do bem, a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo terrestre. Os que estão no mundo dos espíritos já estiverem aqui e os que estão neste mundo vieram de lá.
A missa de TIRADENTES não fora de um simples legislador, teve por exclusiva autoridade a sua palavra, seu VERBO FLUENTE pontilhado de rebeldia cívica. Era um brasileiro de aspirações profundas que dignificam, em todos os tempos, a ALMA NACIONAL.
*Advogado, jornalista, cronista e historiador.
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